Saudoso músico amigo
De ti temos recordação
Tocavas divinamente
Com toda dedicação
Podemos considera-lo
Em toda população
Um dos melhores da história
A música era sua paixão
Com sua linda clarineta
Tocava valsa e baião
No samba dançante se via
A arte deste cidadão
Tocando o hino da padroeira
Comovia os corações
O som ecoava em toda cidade
Recordando amizades e paixões
A Avenida nunca esquece
Seu morador importante
Que abrilhantava as festas
Sem se importar com o montante
Sua casa nos recorda
Aquela presença constante
Conversando e sorrindo com amigos
Lembrando dos tempos distantes
Amigo Benedito Escórcio
Deixou seu povo chorando
O som de seu instrumento
Não se ouve mais tocando
Saudade, saudade, que pena !
O povo ficou lamentando
Pela Fanfarra foi homenageado
Em vida viu seu nome brilhando
Nunca abandonou sua cidade
De tudo ele conhecia
Seu mestre foi Almir Araújo
Na música se garantia
Benedito, quando era convidado
Não, ele nunca dizia
Infelizmente não deixou discípulo
E seu legado não mais se ouvia
O seu belíssimo instrumento
Perdeu seu belo refino
Não sentiu mais seu dono
Nem ganhou o seu carinho
Andou por algumas mãos
E para um museu o destino
Ficou no Solar dos Escórcio
Da família Alexandrino
Um membro de nossa banda
Jovem de nossa cidade
Acompanhou todo o cortejo
De nosso músico de idade
Faria uma homenagem póstuma
No Cemitério da Igualdade
O Toque de Silêncio soou
Execução pioneira na cidade
Enquanto a corneta tocava
A comoção era total
A tristeza foi tremenda
Perante a dor mortal
E seu corpo foi sepultado
Nesse distinto funeral
Nunca antes foi tão justa
Aquela homenagem final
Poeta e historiador – Nene Calisto (portal buritiense)
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