segunda-feira, 9 de maio de 2011

RENOVADO IHGGP MERECE UM CRÉDITO DE CONFIANÇA


O Instituto Histórico Geográfico e Genealógico de Parnaíba fundado em 13 de janeiro de 2000, mas na realidade começou a mostrar serviço efetivamente, a partir do dia 19 de outubro de 2003, quando numa belíssima solenidade no Porto das Barcas foi empossada sua diretoria, protagonizada por Dona Lozinha Bezerra, assim como os primeiros 40 sócios que passaram a compor essa importante casa cultural. Em agosto de 2004 O IHGGP passou a ocupar o andar superior do imóvel colonial conhecido por “Sobrado de Dona Auta”, auspiciosamente adquirido pela Prefeitura Municipal de Parnaíba em 2001, na administração do então prefeito Paulo Eudes Carneiro.

De 2004 para cá muita coisa aconteceu e mudou no IHGGP. No início era tudo maravilha, e o IHGGP viveu seus dias de glória, ganhando corpo e visibilidade. A cidade passou a tomar conhecimento de que naquele vetusto sobrado, outrora fechado e habitado por miríades de morcegos, agora estava reaberto e revigorado, como guardião dentre outras atividades, da rica história da Parnaíba. Em suas reuniões e eleições de diretoria comparecia a maioria dos sócios, e muitos queriam participar da chapa. Até um governador subiu a suas escadas e passeou solenemente pelos seus vastos salões. Grande parte dos sócios pagava a sua simbólica contribuição mensalmente. A revista “Histórica” editada anualmente era disputada pelos sócios na publicação de artigos; até que uma vil “fogueira de vaidades” queimasse o clima de harmonia que lá existia. A partir daí os sócios em sua maioria começaram a se afastar. O que amainava os problemas e a falta de recursos era a dotação anual do Município que o IHGGP recebia e que muito contribuiu para o seu crescimento organizacional.

O tempo passou, o mundo girou… e numa dessas enigmáticas voltas, avassaladoramente atingiu o IHGGP em cheio. Todo aquele glamour que antes já começava a declinar desabou de vez, com a doença e posterior morte de Dona Lozinha acontecida em Teresina no dia 21 de março de 2009.

Com as renuncias irrevogáveis do 1º e do 2º Vice-Presidente, já sem 1º e 2º tesoureiros, o trem descarrilou.

Nuvens plúmbeas e agourentas cobriram o velho sobrado da Duque de Caxias, que tristemente ficou fechado por mais de dois meses.

Com esse impasse, muitos acreditavam que o IHGGP não mais se levantaria e devia acabar de vez. Ledo engano! Um bem de importância singular para a cultura da cidade, não poderia desaparecer sem nenhuma luta. Foi aí que os sócios: Renato Bacellar, Wilton Porto, José Luiz Carvalho, Antônio Galas, Cosme Sousa, Reginaldo Júnior e Mário Pires articulam-se através de várias reuniões com o fim específico de evitar definitivamente o fim do IHGGP.

Para o desgosto e decepção de quem torceu contra, qual Fênix, O IHGGP ressurgiu das próprias cinzas, com a eleição democrática do promissor Reginaldo Júnior — hoje acadêmico do curso de história da UESPI — como presidente.

A aludida crepitante fogueira de vaidades fez e faz com que a maioria dos sócios se afaste peremptoriamente, inclusive alguns emitindo comentários desairosos sobre o IHGGP e principalmente não contribuindo com a insignificante parte que lhe cabe estatuariamente — dos 40 sócios, somente 12 chegam junto. Mas alvissareiramente, em contrapartida, a sociedade parnaibana emite claros sinais de apoio e crédito ao novo IHGGP, que mesmo sem os mínimos recursos necessários para sua subsistência — atualmente sem nenhuma dotação orçamentária do Município —, sem desvio de rumo e de cabeça erguida mantém suas portas abertas para os visitantes, que diariamente o procuram. São estudantes em todos os níveis, professores e grupos de turistas. Vários estagiários universitários ajudam o presidente na difícil e nobre missão de manter, cuidar e desenvolver uma, repito “singular instituição”, imprescindível à hoje combalida cultura parnaibana.

Mário Pires Santana



mariophb@yahoo.com.br
Foto: IHGGP - Jornal de Parnaiba
Fonte: PCN01.com

Nenhum comentário:

Postar um comentário